terça-feira, 22 de abril de 2014

JULIO SUMIU

Estrela de comédia, Lília Cabral pede mais generosidade com cinema nacional


Termina o filme, e sobem os créditos da comédia "Júlio Sumiu". Segundos depois, surge uma cena de novo. Parte do elenco está no sofá da sala do apartamento de Edna (Lília Cabral) olhando para a câmera como se houvesse acabado de assistir ao longa. "É, até que filme nacional é bom", ironiza Eustáquio (Dudu Sandroni), o militar aposentado casado com a protagonista. Edna - ou seria Lília falando? - debocha: "Ah, não pode falar mal do cinema brasileiro".
É nesse clima que "Júlio Sumiu" chega aos cinemas neste fim de semana: querendo mostrar que o país pode fazer comédia boa e "mais elaborada", como definiu o diretor, Roberto Berliner. O filme se esforça em elaborar a trama e as piadas, mas também usa gatilhos que soam familiares no cinema nacional: cenas canastronas e efeitos sonoros que dão a deixa para risadas.
Sobre este "recado" para a crítica no fim do filme – um momento em que o diretor deixou a câmera ligada e os atores livres para bater papo -, Lília pede mais "generosidade". "Aquela brincadeira nada mais é do que o que todo mundo fala: 'ah, é bom, mas [pensar em] prêmio?" ou "aquela pecinha que você fez'", explica.








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